quarta-feira, 27 de julho de 2016

Passatempo do Flames

( http://flamesmr.blogspot.pt/2016/07/239-passatempo-do-flames-em-parceria_26.html ) 

Participem, tenho a certeza que não se vão arrepender.

Livro do Passatempo: "Viver Depois de Ti" de Jojo Moyes.

Sinopse: "Louisa Clark é uma jovem com uma vida banal - um namorado estável, trabalhador e uma família unida - que nunca saiu da aldeia onde sempre viveu. Quando fica desempregada, vê-se obrigada a aceitar um emprego em cada de Will Traynoe, que vive preso a uma cadeira de rodas, depois de um acidente. Ele sempre tinha vivido de um modo trepidante - grandes negócios, desportos radicais, viajante incansável - agora tudo isso ficou para trás. 
Will é mordaz, temperamental e autoritário, mas Lou recusa tratá-lo com complacência e em breve a felicidade e o bem-estar dele tornam-se muito mais importantes do que ela esperaria. No entanto, quando Lou descobre que Will tem planos inconfessáveis para a sua vida, ela luta para lhe mostrar que ainda assim vale a pena viver. 
Em Viver Depois de Ti, de Jojo Moyes aborda um tema difícil e controverso, com sensibilidade, obrigando-nos a refletir sobre o direito à liberdade de escolha e as suas consequências."


Podem participar uma vez por dia. 




Boa leitura!
Até o próximo post!

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Resenha - O Espião Português

Resenha feita pela Lúcia!  
Título: O Espião Português

Autor: Nuno Nepomuceno
Editora: TopBooks
Páginas: 372
Ano: 2015


Soube deste livro após ter lido opiniões muito favoráveis em blogs que sigo com bastante atenção. Apesar de não conhecer o autor, decidi contactá-lo e tentar perceber se seria possível fazer uma parceria. Dotado de uma simpatia tremenda, o autor imediatamente se prontificou a enviar-me o primeiro livro (O Espião Português) para opinião, e se depois de o ler, eu tivesse gostado ele comprometia-se a enviar-me os restantes 2 livros da Trilogia Freelancer. Posso dizer que os 3 livros vieram autografados. Quero então agradecer a disponibilidade total do autor e agradecer também pela leitura de que vos falo de seguida. 




Sinopse: 
E se toda a sua vida, tudo aquilo em que acredita, não passar de uma mentira? O que faria?
Estocolmo, Suécia. 
Encerramento da Presidência da União Europeia.
Quando André Marques-Smith, o jovem director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português é enviado à capital sueca, está longe de imaginar que aquele será um ponto de viragem na sua vida. 
Ao serviço da Cadmo, a agência de espionagem semigovernamental para a qual secretamente trabalha, recupera a primeira parte de um grupo de documentos pertencentes a um cientista russo já falecido. Mas quando regressa a Portugal, tudo muda. Uma nova força obteve a segunda parte do projecto e, de uma forma violenta e aterrorizadora, resolveu mostrar ao mundo que está na corrida pelos estudos do cientista. 
Por entre cenários reais de cidades como Estocolmo, Roma, Viena, Londres e Lisboa, a luta pelo inovador projecto começa, os disfarces sucedem-se, as missões multiplicam-se. E, enquanto é forçado  a lidar com os condicionalismos de uma vida dupla, André vê-se inesperadamente envolvido num mundo de mentiras e traições, o mesmo que o levará a fazer uma descoberta que poderá mudar toda a Humanidade. 

Autor: 
Nuno Nepomuceno nasceu em 1978, nas Caldas da Rainha. 
É licenciado em Matemática pela Universidade do Algarve e reside na região Oeste. 
Em 2012, venceu o Prémio Literário Note! com O Espião Português, o seu primeiro romance, reeditado em 2015 pela TopBooks. Seguiu-se A Espia do Oriente, o segundo volume da Trilogia Freelancer. A Hora Solene é o seu mais recente livro, com o qual termina a série. 
É ainda autor dos contos «Redenção» e «A Cidade», este último incluído na colectânea Desassossego da Liberdade




Opinião: 
E SE TODA A SUA VIDA NÃO PASSAR DE UMA MENTIRA? 
Foi esta a frase que em parte me suscitou interesse e curiosidade para ler este livro. A frase, assim como toda a envolvência de um espião, Português, com missões secretas. E, na verdade, é isso mesmo que acontece. 
O Espião Português é uma história de espionagem, de intriga internacional que consegue escapar de alguns lugares comuns deste tipo de narrativas com bastante imaginação. As personagens são interessantes e o autor consegue dar-lhes alguma textura e profundidade logo desde o princípio do livro. 
O livro tem algumas ideias interessantes. Gostei especialmente da ideia de começar o livro com uma perseguição que traz os leitores imediatamente para dentro da história. Esta perseguição não é só um exemplo das boas ideias que estão neste livro, mas também da sua execução que deixa muito a desejar. Ao descrever uma perseguição, é crucial manter o ritmo. 
Este primeiro capítulo não o consegue fazer. Primeiro há o conteúdo, que interrompe a perseguição com alguns momentos de desenvolvimento da personagem. Depois, há a forma, em que as frases curtas que transmitem a ideia de movimento e velocidade são interrompidas, mais vezes do que deviam, por sequências de frases mais longas. Quase parece que a personagem precisava de parar para respirar e, em vez disso,  decidiu dar um mergulho prolongado no baú das recordações. 
André é um jovem rapaz com um futuro bastante promissor pela frente. Tem um elevado cargo político na sociedade e é cobiçado para outros, inclusive no estrangeiro. Mas não é só... 
André é também Freelancer, um agente ao serviço duma organização internacional de combate às adversidades da política, em busca da paz... Combate ao lado de outros agentes igualmente profissionais e eficazes nos seus objectivos. 
Apesar de tudo isto, André é uma pessoa "normal" e o narrador vai-nos mostrando isso mesmo, com coisas normais, como a vivência com a irmã, pais, amigos ou mesmo o seu cão. O narrador conduz-nos pelo lado pessoal de André, descrevendo-nos também sentimentos seus, como amizade, amor, desilusão e traição. 
Tudo isto a par de um cargo político que lhe traz sucesso mas também amarguras e dum cargo numa agência de espionagem, onde tem de se transformar num agente implacável. E mata, se for necessário. 
Gostei deste livro, sobretudo porque o narrador conseguiu descrever uma pessoa em três circunstâncias diferentes: o André rapaz normal, o André com uma carreira de sucesso e o André agente. E fá-lo duma maneira muito congruente e suave. 
Gostei de conhecer a personagem André como pessoa "normal" como todos nós, com sentimentos e dores, alegria e felicidade, mas capaz de se materializar em outras duas. Gostei da faceta pessoal da personagem. 
A história é boa. Por um lado, há a evolução na carreira da personagem e, por outro, há um objectivo na faceta de agente: descobrir quatro partes de um documento que poderá destruir a Humanidade, se cair em mãos erradas. Há que evitar isso a todo o custo, lidando com desilusões e traições.
Mas não só... E se realmente toda a vida de André for uma mentira? 
É isto que o narrador nos vai contando, aliciando-nos com novas páginas para alimentar o vício, em busca de mais e mais. É um livro viciante e pessoal também...
Com este livro está visto que os portugueses são tão bons ou melhores que os estrangeiros. Como trabalhadores, são apreciados em todos o mundo; como cientistas, dão cartas nas principais universidades do país e do estrangeiro; como líderes, são escolhidos para postos de alto comando nas grandes multinacionais; até como políticos (apesar da desgraça que para aí vai), ocupam altos postos na cena internacional; como escritores, os seus livros são de igual ou melhor qualidade que os bestsellers que vendem milhões. 
No género thriller, podemos afirmar sem errar que os portugueses dão cartas e alguns já são reconhecidos internacionalmente. É o caso de José Rodrigues dos Santos e Luís Miguel Rocha, para citar só os mais conhecidos. E acabei de ter uma agradável surpresa: "O Espião Português" de Nuno Nepomuceno. 
Estamos, na verdade, perante um thriller de conspiração, mas com bastante também de psicológico e até de policial. 
Este livro faz-me lembrar os filmes da série 007, em que os espiões "bons" se cruzam e lutam até à morte com os espiões "maus"; em que estes aparecem sempre um passo à frente, mas a garra dos primeiros vai propiciar um final feliz e evitar uma catástrofe de efeitos incalculáveis. 
Mas este livro de Nuno Nepomuceno vale não só pela narrativa que cria um suspense constante e obriga o leitor a ansiar por virar a página e chegar ao fim que, digo já, é absolutamente inesperado, mas também pelo lado humano de André. Na verdade, contrariamente ao agente 007, André não é uma personagem fútil. O autor apresenta-nos o seu lado visível como um ser humano honesto, sofredor, amigo da família e dos animais, caseiro, mas mal sucedido no aspecto amoroso, enfim, um homem comum, com quem o leitor facilmente se pode identificar. Vemos os seus pais amargurados por causa de uma doença que ele tem desde criança, mas desconhece, que pode vitimá-lo a qualquer momento, mas não sabem como revelar-lhe. Enfim, um drama humano cujo desfecho vai ser para o leitor uma surpresa ainda mais do que o final do caso de espionagem. 

Falando no geral: 
Posso dizer em relação a escrita, que acho que acaba por ser uma leitura fluída e bastante dinâmica. É um verdadeiro prazer ler um livro escrito em português: tudo faz mais sentido e à medida que vamos avançando no livro parece que tem uma essência única que o destaca dos demais. 
Em relação ao enredo, é um thriller completamente viciante que nos leva a passear pelo mundo. Temos um jovem de 27 anos que vive uma vida dupla, duas profissões, uma no Ministério dos Negócios Estrangeiros português e outra numa organização de espionagem secreta. No decorrer da busca de uns documentos importante, vê a sua vida dar uma volta de 360 graus, ao descobrir que tudo em que acreditava não era verdade. Tudo é posto em causa, os seus empregos, a sua família, os seus amigos e até a sua sanidade mental. Não é um livro de espiões, é sim um livro sobre um espião e a sua busca da verdade e de si próprio. 
Em relação às personagens, temos André que é a personagem principal e o enredo gira em torno da sua vida, como espião e diretor do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português. É um jovem atraente, extremamente inteligente e perspicaz, dedicado às suas duas profissões. Temos diversas personagens secundárias que se modificam ao virar de cada página: ninguém é quem diz ser. 
Em conclusão é um livro repleto de enigmas, traições, amores e desamores. É uma leitura emocionante com um ritmo avassalador que, ao virar de cada página, nos presenteia com novas descobertas. 
Se gostam de livros de suspense e aventura, este é um livro que não podem perder. 
Pronta para ler os restantes!




Boa Leitura!
Até ao próximo post!